A eletricidade e seus principais riscos

Na eletricidade, temos a corrente elétrica resultante do deslocamento dos elétrons entre pontos com diferentes potenciais (quantidade de cargas positivas ou negativas). Imaginamos um rio cuja correnteza flua em direção a sua voz, muito velozmente (uma torrente). Se no leito deste rio colocarmos uma roda de moinho, a corrente é retardada pelo obstáculo desta roda.

Na eletricidade o papel desta roda de moinho é chamada por resistência elétrica. No rio esta roda de moinho vai desacelerar ou interromper o fluxo da torrente naquele ponto, o suficiente para causar uma ruptura ou desvio, e a água irá tentar alcançar seu objetivo sem ter que ser travada por esta roda. A corrente elétrica é igual a água: sempre busca a passagem mais fácil.

Os eletros sempre vão procurar um caminho para a terra que ofereça a menos resistência. Um eletrodoméstico (forno, ferro, televisor, etc.) ou um dispositivo de motor (compressor, ventilador, etc…) são uma resistência a corrente elétrica. É suficiente que ocorra uma falha de isolamento, para que a corrente elétrica evite a resistência e flua para o mais fácil.

O problema é que muitas vezes esta falta de isolamento, faz com que a corrente elétrica circule no corpo das pessoas que estão em contato com estes eletrodomésticos, como usando um secador, operando uma máquina, ao telefone, etc…

Como reduzir seu risco contra a eletrecidade

Como podemos nos assegurar em relação a estas falhas de isolamento: O ATERRAMENTO ELÉTRICO.

Quando ligamos a carcaça ou partes isoladas do circuito funcional de um equipamento elétrico com a terra, estamos oferecendo um caminho preferencial (baixa resistência) para a corrente elétrica fluir para a terra, no caso de falha do equipamento (curto-circuito ou baixa isolação).

O que é o aterramento elétrico

O aterramento elétrico é um conceito que representa o solo (a massa terrestre, daí o nome “terra”), considerando-o como um condutor, por convenção, com potencial de zero volt.

Quando um raio atinge cabos ou condutores em geral, ou ainda estruturas metálicas de máquinas e equipamentos, postes de iluminação, cercas/alambrados, etc., o aterramento destas estruturas através de hastes de aterramento e cabos, irá proporcionar um caminho alternativo de baixa resistência, para que a corrente proveniente do raio (descarga elétrica atmosférica), se dissipe com segurança para a terra, onde será neutralizada.

No caso de partes vivas (circuitos elétricos), esta ligação para a terra é feita através de DPS’s (Dispositivos de Proteção Contra Surtos).

Consequências de não se ter o aterramento

As consequências destas descargas nos equipamentos elétricos podem ser múltiplas: envelhecimento prematuro de componentes, destruição de circuitos impressos, destruição de metalizações de componentes, mau funcionamento de equipamentos, perda de dados, bloqueio de programas, degradação de linhas, etc…

Portanto, é apropriado proteger dos equipamentos que possam ser afetados por raios, através dos DPS’s

A construção de aterramento de proteção é, portanto, de particular importância porque, ele completa a proteção do equipamento, e principalmente protege as pessoas que interagem com tais equipamentos ou estruturas condutoras.

Quantos aterramentos devo ter?

A proteção de redes locais contra fenômenos elétricos perigosos usa um grande número de aterramento, cuja qualidade de implementação determina em grande parte a eficácia da proteção buscada e, em particular, dos para raios.

Sobre as normas do aterramento elétrico

Um aterramento deve ter o menor valor de resistência quanto possível (medição ôhmica), levando-se em conta as características resistivas do solo local. Na revisão de 2015 da norma, a referência de 10 Ohms definida pela norma anterior deixou de existir. A medição da resistência de aterramento deve ser efetuada por um terrômetro, através de método adequado.

As condições climáticas e as características do solo podem influir significativamente nos resultados obtidos.